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Fale Comigo – Terror moderno e competente

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Por Samuel M. Bertoco

Em temos de super exposição de praticamente todas as pessoas do mundo, esse terror sobrenatural diz muito mais sobre nossa obsessão com as telinhas móveis do que sobre monstros e fantasmas.


O filme começa com um rapaz procurando seu irmão numa festa, ao acha-lo bem debilitado e numa situação tensa, os jovens da festa em vez de ajudar empunham celulares aos montes para filmar o que rolava – que fica sinistro. E é nessa condição anestesiada e alienada que o terror do filme se mostra mais forte.


Na trama, um grupo de adolescentes praticam rituais macabros invocando e sendo possuídos por espíritos através de um objeto amaldiçoado. Mas nada é feito com cerimônia ou parte de algum grande plano, a graça aqui é filmar o possuído da vez pra depois postar nas redes. É claro que dá ruim.


No geral, parece só mais uma historinha clichê de terror adolescente..e é…e não é. A grande sacada dos diretores – que vieram de produções para o You Tube – é não descartar os personagens como geralmente os filmes do estilo fazem. Não são só carne pra ser cortada pra gerar angústia no espectador, mas peças importantes para a história de Mia – a protagonista – desde o começo, em que entra na onda por aceitação do grupo – quem nunca deixou seu corpo ser invadido por um espírito do mal pra ser aceito pela galera que atire a primeira pedra- tanto mais pro final onde sua derrocada emocional vai se acentuado.


E conforme o tempo vai passando, o que era uma trama clichê de sustos e fantasmas vai ficando muito mais pesado, visual e emocionalmente, até um final que, se não chega a ser surpreendente, é satisfatório – coisa que muito filme de terror não consegue fazer.


Fale Comigo virou febre instantânea. Continuações virão e, desde que não estraguem (acho difícil não estragar), teremos mais uma boa franquia pra dar medo, além dos boletos.

Samuel M. Bertoco é formado em Marketing e Publicidade

Samuel Bertoco

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