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São Rafael: pareceres apontam divergências em balanços de 2015, 16 e 17

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    A publicação dos balanços auditados de 2014, 2015, 2016 e 2017 do Hospital São Rafael, de Rolândia, que está sob intervenção municipal desde setembro de 2015, mostrou divergências entre as demonstrações contábeis e a posição patrimonial e financeira do hospital. Assim, os pareceres da auditoria contratada de 2015, 2016 e 2017 afirmam que essas demonstrações contáveis não representam adequadamente a posição financeira do São Rafael. Apenas para refrescar a memória, o balanço de 2017 aponta um déficit de R$ 41 milhões. 

    Uma das exigências que a nova diretoria fez quando chegou a Rolândia foi a questão de uma auditoria externa com relação às administrações passadas. “Quando chegamos vimos que havia um déficit em relação às demonstrações contábeis de 2015, 2016 e 2017 que não estavam sendo realizadas”, explicou Sérgio Cesar de Oliveira Branco, diretor-financeiro do São Rafael. O balanço de 2014 trazia as demonstrações contábeis, mas sem auditar. “Pedimos os balanços auditados até porque iria influenciar nos trabalhos que iríamos realizar a partir de nossa gestão. Precisamos do passado resolvido para começarmos a trabalhar”, afirmou o diretor. Foi feito um trabalho com as gestões anteriores para se fechar esses balanços e para vir a auditoria.

    Sobre as inconsistências das auditorias, o diretor afirmou entender, como administrador, que as lacunas sem registros contábeis dos três anos terminou por acumular muita documentação e isso pode ter causado as divergências entre os balanços e os pareceres. “Mas não vou entrar nessa questão, pois é um trabalho do auditor”, resumiu Sérgio Cesar. 

    Auditor
    A reportagem do JR entrou em contato com a auditoria que realizou o trabalho no São Rafael para tratar do assunto. O auditor Áureo Silva Castro afirmou que não poderia falar sobre o teor de sua auditoria já que assinou um contrato de sigilo sobre seu serviço e que precisaria de uma autorização para. Apesar disso, Áureo afirmou que entregou o seu trabalho para a diretoria do São Rafael e para a prefeitura municipal, que administra o hospital desde setembro de 2015.

    Filantropia
    Sobre a possibilidade de se perder o título de filantropia por causa das divergências entre os pareceres e os balanços, a diretoria explicou que é um dos critérios, mas que o protocolo para renovação do Cebas (Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social), que será feito em 2019, utilizará as informações da contabilidade de 2018, na qual estão sendo feitas várias correções. 

    “Teremos todos os documentos, contrataremos uma auditoria. Por isso, não vemos problemas quanto a isso”, afirmou Paulo Boçois de Oliveira, diretor-administrativo do São Rafael. O Cebas do São Rafael expira em dezembro de 2019, mas a diretoria inicia o processo de renovação no primeiro trimestre do ano que vem.

    Sindicância
    A prefeitura já abriu uma sindicância para apurar as divergências dos balanços com os pareceres. “A análise contábil não crava nenhuma responsabilidade e afirma que há falta de documentos. Por isso, estamos em uma fase de recolhimento de informações”, explicou Bruno Lundgren Rodrigues Aranda, do departamento jurídico da prefeitura. A sindicância é um procedimento para tentar esclarecer o que foi apontado pela auditoria, para encontrar documentos e ver o que pode ser refeito. “Os pareceres não abordam qualquer situação que aponte desvios, mas sim falta de documentos”, ressaltou Lundgren.

    Segundo Bruno, a sindicância sobre o caso foi instaurada no dia 17 de julho, depois de um decreto publicado pelo prefeito Francisconi no dia 12. Bruno Lundgren e mais dois servidores integram essa sindicância, que está pedindo a documentação aos antigos gestores do hospital.

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