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Editorial – Edição: 833 – sexta-feira, 16-07-21

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Olá, querido leitor e cara leitora do JR

   Muita gente já deve ter notado, e muitos outros já devem ter torcido seus narizes por isso, que o JR escreve a palavra “presidenta” quando se refere à mulher que preside algum clube ou entidade. O caso é que muitas pessoas levam para o campo político e não usam a palavra porque Dilma, a primeira mulher a ocupar a presidência no Brasil, usava essa alcunha e se recusava a usar presidente, orgulhosa que era de sua condição de mulher.

   Voltando à palavra “presidenta”. Algumas pessoas já nos abordaram dizendo que isso está errado e que o correto é presidente. Bom, a primeira pergunta que fazemos a essas pessoas é se elas estudaram Letras ou alguma especialidade na área de Línguas. Ainda assim, mesmo entre os “letrados”, a discussão é muito boa e polêmica, assim como se colocar acento grave quando ocorre a crase antes de pronome possesivos. Alguns colocam, outros não. E são entendidos do assunto.

   O caso é que o vocábulo presidenta existe e está nos dicionários, quer as pessoas queiram ou não. Só achar que está errado “porque sim” não basta. O termo já existia no vocabulário da Língua Portuguesa e foi registrada no dicionário em 1899, portanto, há mais de 120 anos. Chegou a ser usada por um “tar” de Machado de Assis, que escreveu alguns romancezinhos sem importância na última flor do Lácio.

   Como dissemos, a palavra está no dicionário. Nem precisaria estar já que é usada pelo povo, pois é homem que faz a sua Língua e não a Língua que faz o homem. Alguns mais puristas dizem que existe apenas a palavra presidente e que presidenta seria uma corruptela, uma involução do termo correto. Bom, o caso é que as palavras mudam ou surgem quando novos cenários e novas situações surgem. Ainda bem. Já imaginaram se continuássemos a falar Vossa Mercê para sempre e não aceitássemos a mudança da palavra para vosmicê, você? Ou mesmo o vocábulo “tauba”, cujo “u” mudou de lugar e surgiu a nossa atualíssima tábua?

   A Língua Portuguesa é muito rica, temos vários vocábulos, sinônimos, usemo-los. “Gosto de sentir a minha língua roçar a Língua de Luís de Camões (…); Gosto de ser e de estar (…); Gosto do Pessoa na pessoa, da rosa no Rosa (…). Trechos da música “Língua”, de Caetano Veloso.

A bênção…


Boa leitura

Josiane Rodrigues
Editora

José Eduardo
Editor

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