Pesquisar
Close this search box.

O meu Jubileu de Ouro Sacerdotal

  1. Home
  2. /
  3. Notícias
  4. /
  5. Colunas
  6. /
  7. O meu Jubileu de...

Memórias do Padre Zé

Arcebispo Dom Orlando Brandes, Padre José, Cardeal Dom Geraldo Majela Ângelo e Bispo Michael Walter Ebejer

Como já tinha relatado anteriormente, fui ordenado padre no dia 4 de julho de 1965 na antiga Catedral de Londrina pelo primeiro Bispo da Diocese, Dom Geraldo Fernandes, o mesmo que tinha nos trazido de Malta para o Brasil. Éramos em 9 jovens: 5 malteses e 4 brasileiros (um do Paraná e três de Santa Catarina), que tínhamos estudado juntos no “Studium Theológicum” de Curitiba, dos quais sobramos apenas dois: eu e meu amigo Mons. Bernardo Gafá. Por ocasião da nossa ordenação sacerdotal não havia nenhum membro de nossas famílias presente naquela singela celebração. Isso porque, naquele tempo, não era tão fácil, nem tão barato, viajar de avião. Verdade é que o Bispo Dom Geraldo Fernandes, qual pai amoroso, nos deu de presente uma viagem para Malta a fim de celebrar a primeira missa solene em nossa terra natal nos inícios de 1966. Mas, neste meio tempo, meus tios, irmãos e primos já tinham emigrado para a Austrália e, portanto, não estavam presentes nem mesmo naquela primeira missa. A emigração separou minha família fisicamente falando, mas não definharam as relações familiares que sempre se mantiveram fortes pelo amor. Longe dos olhos, mas perto do coração.

No meu arquivo particular, encontrei o convite original da nossa ordenação, donde transcrevo o texto muito eloquente daquela ocasião:

  • GRATIDÃO A DEUS: Que retribuirei ao Senhor por tudo o que Ele me tem dado? A minha alma engrandece o Senhor e meu espírito exulta em Deus. Meu Salvador!
  • GRATIDÃO AOS PAIS: A mais profunda gratidão nós oferecemos aos nossos queridos pais ausentes. Eles nos deram a vida e nos guiaram até o altar. Chorando de emoção, eles nos abençoaram quando deixamos a Ilha de Malta para sulcar o oceano e vir servir o Brasil. Hoje, de longe, nós os abençoamos com nossas mãos ungidas de ministros de Cristo.
  • GRATIDÃO AO NOSSO BISPO DOM GERALDO FERNANDES e aos nossos superiores do Seminário Maior Provincial “Rainha dos Apóstolos” de Curitiba. Não foi em vão o esforço dele, humilde e escondido, paciente e perseverante. A nossa alegria é fruto e mérito de sua dedicação contínua e desinteressada.
  • GRATIDÃO AOS PADRINHOS E AMIGOS: Um bom amigo é um tesouro, mais ainda, para um jovem em terra estrangeira e em luta contínua para permanecer totalmente disponível a Cristo e aos outros. Meus padrinhos de Ordenação e da Primeira Missa na Igreja Matriz de Rolândia no dia 11 de julho de 1965 foram os casais Álido/Elvira Stinghen e Rudolf/Mathilde Kempf.
  • Depois de 50 anos, quando comemorava meu jubileu de ouro sacerdotal, vieram do exterior 26 familiares: 18 da Austrália e oito de Malta. No dia 2 de julho de 2015, todos foram apresentados durante missa, muito bem participada, na Igreja Matriz: meu irmão Felix, minha sobrinha Esther com seu marido John e seus dois filhos Jeremy e Ethan, meu sobrinho Steve com seu filho Didier, meus cinco primos Angie, Paul, Felix, Abbie e Karlee, todos da região de Melbourne; mais um sobrinho Daniel, meus primos Aaron, Charles com sua esposa Mary, Serena e Brendan, todos da região de Sydney; meu irmão Adeodato, minha irmã Rita com seu filho Matthew, meu pároco Pe. Michael Said, Frei Vicente Micallef e outros três colegas da escola primária, todos vindos de Malta e também Pe. Werner Knoor da Alemanha. E, no dia 3 de julho, houve a grande Missa Solene na Igreja Matriz com a presença do Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, o Arcebispo Metropolitano Dom Orlando Brandes e o Bispo Emêrito da União de Vitória, Dom Michael Walter Ebejer e outros 32 sacerdotes que vieram da nossa Arquidiocese de Londrina e dos Estados de São Paulo e da Paraíba. Apesar da chuva intermitente durante toda aquela semana, a Igreja Matriz estava lotada de fiéis. Comovente foi a renovação do meu compromisso sacerdotal diante do meu Arcebispo Dom Orlando e meus 4 irmãos e irmãs (minha irmã Maria que mora na Austrália não veio porque estava doente). Comovente também foi a homenagem a mim prestada pelos jovens no final da missa. Todas as celebrações foram bem conduzidas graças ao empenho e a habilidade do jovem mestre de cerimónias Maurício Picotti.
  • NOTA: Detalhes deste evento ficaram registrados no informativo “Farol” dos meses Julho/Agosto 2015.
Monsenhor José Agius Monsenhor

Monsenhor José Agius Monsenhor

Compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

FOTO(S) DESTA MATÉRIA

VEJA TAMBÉM:

Religião

Morrer ou, morrer

Por Humberto Xavier Rodrigues Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não