Pesquisar
Close this search box.

Quando a gentileza acontece…

  1. Home
  2. /
  3. Notícias
  4. /
  5. Colunas
  6. /
  7. Quando a gentileza acontece…

Por Carla Kühlewein

O que você faria se encontrasse uma nota de cinquenta reais no chão? Procuraria encontrar o dono (se é que isso é possível) ou discretamente embolsaria (afinal cédula não tem endereço)? Uma dica de resposta à tão intrigante questionamento é oferecida no livro ‘E algo aconteceu naquele dia…’, de Jonas Ribeiro. E aí você pode até se perguntar: mas como, bolotas, uma história infantil poderia responder a uma pergunta dessas?

Calma lá, que tudo se ajeita… O livro começa com a façanha do menino Nicholas que encontra uma nota de cinquenta reais caída no pátio da escola e a entrega para Sandra, a coordenadora. Ao sair da sala, ele fica satisfeito com sua atitude. Enquanto a coordenadora:

“nem percebeu que Nicholas havia plantado uma invisível flor de esperança sem seu coração. Ela sentia que estava muito feliz. E algo aconteceu…”

Logo em seguida, Sandra pega um livro da bolsa e o entrega à amiga Dulce, que enfrentava o desafio de lidar com as novas condições do pai com Alzheimer. E não é que Dulce também sentiu algo diferente no gesto da amiga?

“Ela sentia apenas que estava muito feliz. Sugeriu à mãe que se deitasse um pouco e deu um banho no pai. Depois, sentou-se com ele. Abriu o livro e começou a ler em voz alta. […] Ficaram entretidos com a leitura por um bom tempo. O dia entardeceu. E algo aconteceu…”.

Então Dulce fez um bolo e o ofereceu ao primo Guilherme, que deu um pedaço a um mendigo, que o repartiu com sua família… e uma sequência de gentilezas acontece até atingir um final surpreendente (vale a pena conferir no livro!). De alguma forma, a história que começou com um gesto simples gera uma série de outros que resultam em efeitos grandiosos.

Como diria o poeta popular José Dautrino: “gentileza gera gentileza”. No fim das contas, quando a gentileza acontece, convém retribuir.

Carla Kühlewein É graduada em Letras Vernáculas e Clássicas (UEL), Mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada (Unesp) e Doutora em Literatura e Vida Social (Unesp).

Carla Kühlewein

Carla Kühlewein

Compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

VEJA TAMBÉM:

Religião

Morrer ou, morrer

Por Humberto Xavier Rodrigues Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não