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Todo lado tem seu lado

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Sobrelinha – Por Carla Kühlewein

O sábio Menino Maluquinho estava certo: “Todo lado tem seu lado”. O direito e o esquerdo, o de cima e o de baixo, o de dentro e o de fora, o de quem conta a história e o de quem ouve, o da mocinha e o do vilão. Isso mesmo, do vilão! A história dos três porquinhos, por exemplo, eternizou a fama do Lobo Mau.

Mas… será que ele é mau mesmo? Que ele destruiu as casas dos porquinhos, ninguém questiona. Mas isso não poderia ter sido um incidente ou mero acaso? A resposta a essa e outras perguntas é o que encontramos no livro ‘A verdadeira história dos três porquinhos’, do norte-americano Jon Scieszka.

E Lobo Mau lá tem história pra contar? Ô se tem! E várias, viu? Nesta e nas próximas colunas vamos conhecer algumas delas. Prepare-se!

Voltando ao livro do Scienska… ele cumpre o que promete: explica tin tin por tin tin a verdadeira história que envolve supostamente um vilão e três vítimas. Já nas primeiras páginas, o próprio Lobo começa fazendo um desabafo: “Em todo o mundo, as pessoas conhecem a história dos Três Porquinhos. Ou, pelo menos, acham que conhecem. Mas eu vou contar um segredo: ninguém conhece a história verdadeira, porque ninguém jamais escutou o meu lado da história” e prossegue alertando que “todo esse papo de Lobo Mau está errado. A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar”.

Tudo começa quando o Lobo, resfriado, decide fazer um bolo para a “querida e amada vovozinha”. Porém fica sem açúcar e resolve pedir um pouco ao vizinho, o porquinho da casa de palha. Ao se aproximar da casinha, o peludo sente cócegas no focinho e… espirra forte! O resultado vocês já sabem… E assim segue o esforço do Lobo em justificar a demolição em escala das casinhas dos suínos mais amados dos contos de fadas. Você acredita nele?

De vilão à vítima. Quem diria que o Lobo fosse assim tão inocente? Esse é o lado dele. Qual é o seu?

Carla Kühlewein É graduada em Letras Vernáculas e Clássicas (UEL), Mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada (Unesp) e Doutora em Literatura e Vida Social (Unesp).

Carla Kühlewein

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