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Vereador solta os cachorros em sessão

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O vereador Alex Santana (PSD) usou a Tribuna Livre da Câmara de Rolândia na sessão de segunda-feira (12), última ordinária dessa Legislação, e falou em troca de cargos por apoio à formação de chapa, citando o Executivo Municipal e o futuro vereador Eugênio Serpeloni (PSD). Serpeloni estava assinado como secretário em sua chapa e passou a ser candidato a presidente em outra chapa, depois de retirar sua assinatura da chapa de Alex – Andrézinho da Farmácia (PSC) também retirou a sua assinatura e passou para a outra chapa.

“Não houve barganha em nossa chapa, foi uma chapa protocolada no fio do bigode, na honestidade”, afirmou Santana. “Utilizo este espaço para lamentar. Eu, Reginaldo, Rodrigão, e João Ardigo, fomos desarticulados pela retirada da assinatura da chapa por parte de Eugênio e de Andrézinho, membros da antiga chapa”, ressaltou Alex.

O vereador afirmou que conversou com um membro que retirou a assinatura. “Ele me disse que sofreu pressão no gabinete do Executivo e foi condicionado, ou seja, você faz isso para ter isso ou se você fizer isso você não tem isso. São palavras do próprio membro”, enfatizou Santana. “O Poder Legislativo tem de ficar independente, não podemos ficar submissos a trocas de cargos para compor uma chapa. São poderes distintos: Legislativo e Executivo”, sentenciou o vereador. ““Onde Rolândia irá chegar? Estão usando o Poder Público para desarticular uma chapa que estava pronta. Não é difícil entender uma chapa: você sai de uma chapa que é presidente para outra que é presidente sem nenhuma moeda de troca?”, questionou.

Santana disse lamentar que isso aconteça em Rolândia com “pessoas que nos deram a palavra e nos chamaram para conversar e pediram ao Reginaldo Silva para aceitar a vice-presidência”. O vereador ressaltou que se fala de corrupção em Brasília, mas que isso acontece dentro da nossa cidade. “O exemplo tem de começar aqui, no Executivo e no Legislativo”, reclamou.

Em seu pronunciamento, Alex disse que o Executivo mandou um representante para distribuir cargos aos vereadores que apoiassem a chapa (de Serpeloni) que foi apresentada. “Quero pedir que o Executivo pegue esses cargos, economize esse recurso e pague a insalubridade dos servidores de carreira desse município”, finalizou.

Francisconi
A reportagem do JR falou com o prefeito Luiz Francisconi sobre o pronunciamento de Santana na noite de terça-feira (13). “Não houve nada disso. É mentira e totalmente inverídico. O meu posicionamento durante todo esse período de articulação da montagem da chapa foi neutro. Todos me questionavam, mas preferi ficar neutro, pois queria começar o ano com uma Câmara unida – um ou outro poderia ficar chateado com o resultado, mas queria uma Câmara unida”, afirmou o prefeito.

“Pedi que os vereadores conversassem entre eles e aquele que fizesse uma chapa eu apoiaria. Meu apoio não era a ninguém, mas à chapa que conseguisse se organizar, pois queria começar o ano trabalhando com todo mundo, pois será um ano bem difícil. A Câmara não pode criar um embate dentro interno e um embate com o Executivo. Quero uma proximidade total com o Legislativo para trabalharmos pela cidade”, reforçou Francisconi. Sobre as declarações de Santana, o prefeito acredita que seja pelo fato de ele ter perdido a presidência da Casa e não ter conseguido se articular. “Não houve negociação de cargos. É mentira e está sendo usado politicamente. Meus advogados irão tomar as providências jurídicas em relação a isso. Os advogados vão tomar conta”, concluiu o prefeito.

Eugênio
O vereador Eugênio Serpeloni (PSD), citado de maneira indireta por Alex quando se referia ao presidente da chapa formada, falou com a reportagem do JR sobre o pronunciamento de seu colega de partido. “O que eu posso te falar? O Executivo não negociou nada, nós falamos entre os vereadores. Inclusive tivemos uma reunião com 9 vereadores, com o Alex junto – só o Ardigo não participou. O Cobra e o prefeito Francisconi também estavam”, relembrou Eugênio. Segundo Serpeloni, não houve consenso e ficou de haver outra reunião.

Uma chapa, com Alex de presidente e Eugênio de secretário, foi protocolada – havia outra, segundo Eugênio, com ele de presidente. “Mas ele não protocolava, eu acho que ele me usava como pretexto para negociar com outros. Eu seria uma opção se não tivesse opção”, afirmou Eugênio. Outros vereadores o chamaram para compor uma chapa. “Tinham, comigo, seis vereadores. O Alex tinha uma chapa assinada por mim como presidente, não protocolava e continuava negociando”, afirmou o futuro vereador.

Sobre a afirmação de ter havido uma troca de cargos por apoio, Eugênio disse que Alex está dando tiro para todos os lados. “Conversamos entre os vereadores e me ofereceram a presidência na chapa deles. Onde está o problema?”, questionou Serpeloni. “Não quero saber dos cargos da prefeitura em São Martinho ou Bartira. Se o prefeito escolher alguém, é cargo de confiança dele”, salientou. “Alex está se vendo perdido por isso está tirando para todos os lados. Só quando eu assinei com a nova chapa é que ele veio oferecer a presidência para mim. Mas não tenho nada contra ele, somos do mesmo partido”, concluiu Eugênio Serpeloni.
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