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Acordo ainda bem distante

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   Representantes dos servidores com nível superior se reuniram com membros do Executivo rolandense, na tarde desta terça-feira (24), para discutir sobre o reajuste da categoria. Esse reajuste entra em vigor no dia 01 de fevereiro de 2017, segundo a lei nº 3.744, de 30 de dezembro de 2015, assinada pelo prefeito Luiz Francisconi. A reunião foi realizada no gabinete do prefeito interino Roberto Negrão – Francisconi pegou uma semana de licença – e contou com a presença do Sisrol (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rolândia).

   Inicialmente, a proposta apresentada pelo Executivo seria de 10% do reajuste em abril, mais 10% em agosto, e os outros 80% em março de 2018. “Com a entrada do IPTU e de outros impostos”, explicou Marcelo Gorla, secretário de Desenvolvimento Econômico, um dos condutores do encontro, ao lado de Negrão, de Francisco Ramos (secretário de Finanças), Paulo Gaffo (secretário de Administração) e Carlos Frederico Viana Reis (procurador-geral do município.

   A proposta foi imediatamente rechaçada pelos mais de 50 servidores presentes à reunião. O Executivo, então, fez uma nova proposta: 15% em abril, 15% em agosto e 70% em 2018. Os servidores novamente afirmaram que não aceitariam, pois queriam apenas que se cumprisse a lei, ou seja, o reajuste tem de ser total: 100%. “Temos que pensar em uma outra proposta ou suspender essa reunião”, afirmou o prefeito interino Roberto Negrão.

   Alguns servidores relembraram dos sacrifícios feitos para que a lei de reajuste de outros servidores fosse aprovada. “Deixamos nosso reajuste para fevereiro de 2017 e outros servidores tiveram seus reajustes no ano passado. Esperamos a nossa vez e agora nos dizem que não dá. Quando sentamos da outra vez para discutir, nos pediram para que deixasse aprovar a lei como estava, para não prejudicar outras categorias. Sofremos um verdadeiro assédio por essas categorias e fomos informados pelo Poder Público que se nos opuséssemos àquela lei que seria aprovada, iríamos prejudicar todo o funcionalismo. Confiamos e agora queremos fazer valer a lei”, reclamou uma servidora, que preferiu não se identificar.

   “Gostaria que vocês se juntassem e conversassem para buscar uma saída”, afirmou Gorla, dirigindo-se aos servidores. “Reajuste de 100% não dá pra realizar hoje. Eu gostaria, mas não dá. Busquem uma proposta para nós nos aproximarmos, pois as propostas estão muito distantes”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico. 
   
   O vereador João Ardigo interveio e sugeriu que os servidores levassem essa proposta na audiência que será realizada na segunda-feira (30) na Câmara de Vereadores, convocada pela Comissão da Administração Pública, que tem os vereadores Reginaldo Silva (presidente), Andrezinho da Farmácia (relator) e Irineu de Paula. A proposta foi aceita e uma nova conversa deve acontecer na segunda-feira, a partir das 18h30. Se não houver consenso, uma nova reunião está marcada para a terça-feira (31). Além de Ardigo, os vereadores Alex Santana, Rodrigão, Irineu de Paula e a vereadora Edieleine Griggio também estavam no gabinete.

   A reportagem do JR falou com Gorla sobre o impacto desse reajuste nas contas do município. “Se for feito o reajuste total, serão R$ 3 milhões de impacto e isso não é realizável, não é possível. Com a nossa proposta de 15, 15 e 70, ainda teremos um impacto de 500 mil neste ano nas despesas”, explicou Gorla. “Dependendo da negociação na segunda-feira, a reunião de terça será cancelada”, avisou o secretário. “Esperamos que eles tragam essa contraproposta”, concluiu Gorla.

   “Orçamento não é receita realizada. Não sabemos o que vai acontecer, vai que a arrecadação seja igual à do ano passado, como irei pagar essa conta?”, questionou o secretário de Finanças Francisco Ramos. “O reajuste de 15, 15 e 70 é possível de pagar. Meu medo é não arrecadar e não conseguir pagar o reajuste total. Se eu tivesse certeza que o meu orçamento fosse se concretizar, eu me comprometeria com os 100%, mas e se eu não arrecadar?”, ressaltou Ramos. O secretário lembrou ainda a dívida de mais de R$ 15 milhões em IPTU atrasado. “Prorrogamos o Profis para ver se arrecadamos mais”, concluiu o secretário. Em conversa com os servidores, a reportagem do JR ouviu que não existe contraproposta. Eles querem que a lei seja cumprida, só isso.
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