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Animais silvestres podem encontrar um lar no Paraná

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Para inibir o tráfico de animais silvestres nativos, protege-los de maus tratos, dar condições de tratamento para os que precisam e lar para os que não têm condição de retornar à natureza, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) tem trabalhado com regulamentações e normativas que já apresentam resultados. Onze animais silvestres apreendidos e sem condições reinserção na natureza foram adotados desde a edição da portaria nº 137, em julho de 2016.

“A ideia é criar uma alternativa de destinação, para que os animais sejam bem cuidados e as pessoas não precisem comprar animais ilegalmente”, diz o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

A portaria regularizou a adoção de animais silvestres que não podem retornar ao ambiente natural e já garantiu ao IAP, até dezembro de 2016, a emissão de 9 Termos de Guarda e 2 Termos de Depósito para animais como pássaros, lagartos e tartarugas.

PROCURA GRANDE 
O interesse de pessoas que querem adotar esses animais apreendidos também tem sido grande. De julho a dezembro o instituto já havia recebido mais de 1,3 mil cadastros de possíveis guardiões. As cidades que concentram o maior número de cadastros são Curitiba, São José dos Pinhais e Ponta Grossa, mas alguns Termos de Guarda já foram emitidos para cidades como Maringá e Cascavel.

De todos os cadastros, apenas 76 foram aprovados pelo IAP, pois a maioria não atende aos critérios exigidos ou não apresenta toda a documentação necessária para a adoção, o que inviabiliza a continuidade do processo.

O QUE É PRECISO 
Para que a adoção seja concluída, é necessário que o interessado possua um recinto em condições adequadas, aprovado pelo IAP, condições financeiras para manutenção do animal e um profissional (biólogo ou veterinário) para fazer o acompanhamento. Assim, quando um animal é resgatado, ele passa por uma avaliação e se não houver a possibilidade de ser solto na natureza é destinado aos solicitantes por ordem de cadastro.

CADASTRO 
Ao se cadastrar no site do IAP, o interessado indica quais os animais de sua preferência. O Instituto entra em contato quando houver disponibilidade do animal indicado, já que a lista de espera é de pessoas que desejam adotar, e não de animais apreendidos.

De acordo com a diretora de Avaliação de Impacto Ambiental e Licenciamentos Especiais do IAP, Edilaine Vieira, a procura pela adoção de animais silvestres foi acima do esperado. “Nós recebemos um número grande de cadastros, mas a maioria das pessoas pensa que cuidar de um animal silvestre é como cuidar de um animal doméstico. Muitos animais silvestres que são doados não podem voltar à natureza justamente por estarem machucados e precisam de cuidados especiais e acompanhamento médico”, explica Edilaine Vieira.

DOCUMENTAÇÃO 
Apenas realizar o cadastro no site do IAP não garante que a pessoa irá receber um animal silvestre. Durante o preenchimento dos dados, o requerente pode especificar quais animais prefere, mas a destinação depende da entrega correta dos documentos e da existência de um recinto adequado. “Nós recebemos muitos cadastros com dados incorretos, informações que não correspondem às condições da portaria, endereços inexistentes ou recintos inadequados. Algumas pessoas também têm outros animais, como cães e gatos, que podem causar estresse ou colocar em risco o animal silvestre”, explica Edilaine.

A pessoa que se interessar em receber um animal silvestre deve se cadastrar no site do IAP (http://www.iap.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1476) e entregar toda a documentação necessária. Somente após vistoria e autorização do IAP é que o animal é entregue ao solicitante, que deve informar ao órgão periodicamente qual a situação do animal. Em caso de maus tratos ou descumprimento das regras, o termo de guarda ou de depósito será suspenso.
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