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Editorial – Edição: 621

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Olá, leitor e leitora do JR

No editorial da semana passada, queríamos abordar um assunto nacional, mas devido à quantidade de matérias “mais importantes”, escrevemos um editorial mais amplo e não abordamos o tal assunto. Não satisfeitos, em nosso programa na Rádio Líder, aos sábados, às 09 horas da manhã, fizemos um editorial falado, que tentaremos reproduzir agora.

A morte da esposa do ex-presidente Lula, dona Marisa Letícia, suscitou manifestações de ódio na internet e, claro, em Rolândia também. Alguns perfis atacavam a ex-primeira-dama e se rejubilavam com sua morte. O mais “incrível” é que essas pessoas, de acordo com seus perfis, são cristãs (católicas ou evangélicas) e também postam mensagens e figurinhas cristãs. Temos um recado; o escambau que vocês são cristãos. O escambau!

Abaixo, mais um texto do filósofo Leandro Karnal, vale a pena ler. 

“Estive em são Bernardo do Campo para uma palestra no Instituto Mauá. A cidade já tinha alguma movimentação em função do velório de dona Marisa. A divergência política e o contraditório são excelentes para a democracia. Todo choque tem algumas barreiras. Uma é a ética: divergir não implica atacar. Outra, muito importante, é a morte. Nada existe além dela. Extinguem-se as animosidades. Termina o ódio no túmulo. Atacar ou ter felicidade pela morte de um ser humano é uma prova absoluta de que a dor e o ressentimento podem enlouquecer alguém. Se você sente felicidade pela morte de um inimigo, guarde para si. Trazer à tona torna pública sua fraqueza, sua desumanidade. 
Acima de tudo, mostra que este inimigo tinha razão ao dizer que você era desequilibrado. Contestem, debatam, critiquem: mas enderecem tudo isto a quem possa revidar. Por enquanto temos apenas um homem que perdeu sua companheira, filhos órfãos e netos sem a avó. Entre os vivos, surgem divergências e debaites. Diante da morte, impõe-se silêncio e respeito. Nunca deixem de ser, ou ao menos, tentar parecer, um ser humano. Quando você não tiver uma palavra de conforto para quem perdeu a mãe ou a esposa, simplesmente, cale a boca. Sinto-me envergonhado por coisas que li na internet.”

BOA LEITURA E ATÉ A SEMANA QUE VEM
 
Josiane Rodrigues
Editora
José Eduardo
Editor
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