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Uma Semana Pedagógica diferente

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Na segunda-feira (13), foram realizadas três palestras no Centro Cultural Nanuk, em Rolândia, direcionadas aos professores e funcionários dos Colégios Estaduais Professor Francisco Villanueva, Padre José Herions e Presidente Kennedy. Entre os temas colocados em debate estavam a violência sexual e doméstica contra crianças e adolescentes, racismo, abuso, protagonismo juvenil e como essas situações influenciam no comportamento e aprendizagem dos jovens alunos. As palestras foram promovidas em parceria com a Universidade Estadual de Londrina por meio do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de Sociologia (Lenpes).

Como explicou a professora de sociologia, Sílvia Motta, esse evento é o primeiro dia da formação continuada dos professores da rede estadual e faz parte da semana pedagógica que é promovida todos os anos letivos. Mas desta vez, os colégios se uniram e resolveram dar um formato novo e diferente do tradicional a essa formação e a iniciativa das palestras surgiu. “Havia um sentimento de muito desânimo desse formato anterior, os professores estavam muito cansados, além de que nós estamos passando por um momento bastante delicado no estado de Paraná”, relatou Sílvia. Segundo a professora, o Lenpes e sua coordenadora, a também professora Angela Maria de Souza Lima, são parceiros há mais de dez anos do Villanueva nas Jornadas de Sociologia promovidas pelo colégio.

Pela manhã, ocorreram duas palestras. A professora doutora Maria Nilza da Silva falou acerca de racismo e violência sexual: a interferência no processo de ensino e aprendizagem de adolescentes e jovens. O professor mestre Paulo Sérgio Negri palestrou também durante a manhã sobre violência doméstica com crianças e adolescentes. À tarde, a mestre Clarice Junges debateu a voz que vem das ocupações das escolas por parte dos e das estudantes.

Sílvia Motta explicou a importância dos assuntos abordados no evento. “São temas que muitas vezes não estão na formação do professor, nas licenciaturas, entoa o professor muitas vezes se depara com a situação e não a reconhece. Muitas vezes, ela passa de forma dissimulada, invisível dentro do cotidiano da escola e esses temas como a violência sexual, abuso, racismo e o protagonismo juvenil estão presentes no chão da escola e eles interferem de forma tanto positiva quanto negativa no processo de aprendizagem”, afirmou. Para Sílvia, a palestra “é uma oportunidade ímpar de parar, pensar, refletir e debater. No mínimo, as pessoas saem daqui intrigadas, concordando ou não, pelo menos ela vai começar a se perguntar, se questionar a respeito dessa situação”, completou. 

A professora de Sociologia fez questão de ressaltar o empenho de Simone de Andrade que é pedagoga nos colégios Villanueva e Kennedy, para a realização do evento. “Isso só foi possível graças à iniciativa de uma pedagoga, porque não adianta nós termos a vontade se a equipe pedagógica das escolas não abre essa possibilidade”, finalizou. 
A pedagoga a que se referia Sílvia Motta é Simone de Andrade, que explicou a relevância dessa iniciativa. “A importância é muito grande principalmente porque nós estamos num período difícil e geralmente a semana pedagógica a gente faz nas escolas. Nós resolvemos nesse ano fazer em um formato diferente e trazer a universidade pra cá para debatermos temas que são problemas e que nós temos no dia a dia na escola e que não nunca são discutidos”, afirmou.
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