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A mulher no esporte: ciclistas

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Atualmente, o ciclismo de Rolândia está em evidência, especialmente quando se fala nas ciclistas. Karina Tatcheva Silva, Vitória Rita de Sá e Veronica Lobato Oliveira são as atletas do município que mais se destacam nas competições regionais e nacionais. São elas que representam e levam o nome de Rolândia para todo o Brasil nas competições ciclísticas. No mês da mulher, elas falaram dos maiores desafios para a mulher no esporte. 

Veronica Lobato Oliveira tem 16 anos e treina há cerca de quatro anos. Para a ciclista, uma das grandes dificuldades é que como mulheres, os treinos nas estradas se tornam bem mais complicados.  “Muitas pessoas, principalmente caminhoneiros ficam buzinando pra gente, e a gente se sente meio constrangida né, mas tirando isso eu nunca passei por nenhuma outra coisa”, relatou a ciclista. As competições, segundo ela, também discriminam as mulheres nas competições. “Para a gente que é mulher, as provas também costumam ser mais curtas, provas para os homens costumam ser mais longas, as premiações também para as mulheres são menores”, explicou. No ciclismo, Veronica contou quais são as atletas que mais admira. “Eu gosto bastante da Mariane Vos, que ela é campeã mundial”, disse. 
“Gosto muito da Christine Armstrong, especialista na prova de contra relógio”, completou Veronica.

Vitória Rita de Sá é a caçula: tem 15 anos e treina há três. Ela afirmou que nos treinos no asfalto, as meninas ficam mais vulneráveis a situações de assédio verbal.  “Muitas vezes a gente sai pra rua sozinha e passa bastante gente mexendo com a gente, realmente por a gente ser mulher o povo fala assim ‘ah mulher pode mexer que não vai acontecer nada e não vai ter ninguém com ela’”, contou. Na opinião de Vitória, o ciclismo é uma superação constante nos treinos e nas competições, e ela também tem suas referências femininas no esporte. “A Camila Coelho, a Marcela Sodré, eu admiro elas”, revelou a jovem atleta.

Karina tem 20 anos e já pedala há seis. Para ela, existem dificuldades para a mulher principalmente no começo dos treinos. “A gente quando começa a pedalar, começa a pedalar com os homens e a gente não tem a mesma força que eles”, contou. “Mas se a gente se dedicar pode andar junto com eles tranquilo”, garantiu a ciclista. Ela ainda ressaltou a diferença nos circuitos e tempo de prova, sempre menor para as mulheres, como Veronica havia mencionado. 

Karina ainda afirmou que elas passam situações de risco nas estradas enquanto treinam. “Sair na estrada sozinha é muito perigoso, porque muitas vezes passa carro mexendo também, moto encostando perto de você”. A ciclista relatou que o treinador cobra bastante das meninas, forçando elas a dar sempre seu melhor, e por isso, ela também se inspira em atletas talentosas. “Sou fã da Ana Paula Polegati, que é uma ciclista muito boa”, revelou. “Tem a Daniela Lions, que é atleta da seleção e tem a Camila coelho também que sou fã dela”, declarou Karina.

Na categoria de Karina, ela participa, em média, de cinco provas nacionais e cinco etapas paranaenses e intermunicipais por ano. “Tem o campeonato brasileiro, tem a volta feminina, tem várias competições em São Paulo também que eu acabo indo, também para fora, no Paraguai”, falou a atleta. Veronica e Vitória, por serem mais novas e estarem em outra faixa etária, participam de competições diferentes, em torno de 20 a 25 por ano. “A gente participa de campeonato paranaense, de intermunicipais, de jogos escolares”, relatou Veronica. “E a gente graças a Deus consegue se sair bem”, afirmou a ciclista.


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