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Recém-nascida é abandonada na Igreja Matriz

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Cerca de dois meses após um bebê do sexo masculino ter sido abandonado na rodoviária de Rolândia, a história se repetiu. Desta vez, uma menina recém-nascida foi encontrada na Igreja Matriz, em frente a pia batismal na manhã de terça-feira (02). Patrícia Barros, conselheira tutelar que cuidou da situação que aconteceu por volta das 10 da manhã, contou o que houve. “Um funcionário da igreja estava fazendo a manutenção e ouviu o choro de uma criança”, disse a conselheira. Ao procurar, ele encontrou o bebê. “Em frente a pia batismal da igreja, a criança estava ali no chão, enrolada na coberta”, revelou Patrícia.

De acordo com a conselheira, o funcionário levou a recém-nascida até a casa paroquial, que ligou ao conselho tutelar. “Ela estava com a roupa toda suja de sangue, porque fazia poucas horas que essa criança tinha nascido, estava ainda com o cordão umbilical”, contou. Patrícia foi ao local e imediatamente levou a criança ao hospital para passar pelos procedimentos clínicos. “A criança foi examinada, tomou vacina, foi pesada”, afirmou. Segundo informações da conselheira, a menina passa bem, vai ficar em observação no hospital por 48h e por enquanto tem o futuro incerto. “Se não encontrar a mãe, não sei qual vai ser o procedimento da promotoria, possivelmente essa criança seja encaminhada para adoção”, declarou a conselheira.

Patrícia afirmou que ainda não há nenhuma pista sobre quem pode ser a mãe da criança e como ela foi deixada dentro da igreja. A possibilidade é que isso tenha acontecido no período em que a Matriz fica aberta, após a missa que acontece às 7h todos os dias. “Depois dessa missa das 7 ela nunca ficou fechada”, disse a conselheira. O menino que foi abandonado em um banheiro da rodoviária de Rolândia no mês de março, está na casa abrigo e segundo Patrícia, já faz parte da fila de adoção.

Monsenhor José Agius voltou para a igreja depois de um compromisso e se deparou com a situação. “Eu vi ele saindo e carregava alguma coisa, parecia uma boneca”, contou o Monsenhor. “Eu só disse ‘o que está carregando hoje cedo?’ e ele disse ‘é uma criança, Padre Zé’”, disse. Surpreso, ele foi ver a criança, que estava com a cabeça suja de sangue e usava um gorrinho. Padre Zé revelou que o acontecimento mexeu profundamente com todos do local: o funcionário ficou emocionado e as secretárias da paróquia ficaram encantadas com o bebê. O Monsenhor citou Papa Francisco, ao dizer que este ato pode ter perdão divino. “Deus nunca se cansa de perdoar, somos nós que cansamos de pedir perdão”, finalizou.

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