Os rolandenses que se organizavam para promover a limpeza da Estátua Roland, receberam uma grande ajuda. O engenheiro civil londrinense Francisco Luiz Zagabria demonstrou interesse espontâneo em prestar esse serviço voluntário, convocando também vários amigos para ajudarem na tarefa.
O Poder Público então procurou uma forma de permitir que ele realize a limpeza dentro da lei. “Encontramos um decreto sobre a doação de bens e serviços para o município e orientamos ele a protocolar na prefeitura um requerimento informando do seu interesse em fazer a doação desse serviço”, explicou Flavia Galbero Costa, secretária de Cultura e Turismo. A secretaria de Administração, responsável por aprovar o pedido, preparou o documento de liberação e aguarda que o empresário dê sua resposta definitiva para estabelecer o prazo para a execução da limpeza, que deverá ser realizada ainda neste ano.
Os membros do Comphir (Conselho Municipal de Preservação Histórica de Rolândia) e Comtur (Conselho Municipal de Turismo de Rolândia) também se ofereceram para ajudar na limpeza, que será feita de acordo com as instruções dos restauradores alemães Uwe Frese e Jurgen Henrichs. “Não pode ser usado nenhum produto químico, apenas água. O jato de água é feito com o leque aberto, usando as máquinas de pressão, de cima para baixo a uma certa distância. Também não pode impermeabilizar a estátua”, resumiu. O trabalho deve ser concluído em um dia e os voluntários poderão ajudar tanto com mão de obra quanto financeiramente no aluguel de máquinas, andaimes e equipamentos de segurança.
O presidente do Comtur, Daniel Steidle, se manifestou em uma rede social defendendo a participação da comunidade nesse tipo de ação em prol do município. “A parte mais importante que o governo esquece é a construção de vínculos de confiança, amizade e de pertencimento, tão típicos nos produtivos mutirões. Fica assim nas mãos do poder o destino dos bens públicos, primeiro no abandono e depois na recuperação. Desmotiva-se o essencial envolvimento ativo da comunidade, não só como ajudante voluntário, mas protagonista de sua história”, comentou.
