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Afastamento do prefeito: depoimentos ao Gepatria são liberados

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    Os depoimentos de ex-secretários da prefeitura de Rolândia, dados ao Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa), e que tratavam possíveis irregularidades na administração de Luiz Francisconi Neto, prefeito afastado de Rolândia, chegaram às mídias sociais e à imprensa. Os vídeos com as declarações de Francisco Ramos, Milton Facione e Rozimari Podanoschi Veronez podem ser visto desde o final da semana passada. Neles, as testemunhas falam sobre o repasse de R$ 150 mil em cheques de uma empresa, e que foram trocados pelos próprios ex-secretários, e repassados para a campanha de reeleição de Francisconi, e de uma licitação irregular, que beneficiaria a própria empresa.

    O ex-secretário Milton Facione falou com promotor do Gepatria, Renato de Lima Castro, sobre uma irregularidade em uma licitação. Ele afirmou que foi “confeccionado um endereçamento claro para que uma empresa tivesse vantagens sobre as demais concorrentes que entrasse e seria vedada a participação de consórcios, e o mais estranho, não podiam concorrer empresas que já estivessem instaladas em Rolândia. Isto está no edital”. De acordo com Facione, o edital foi montado para beneficiar uma empresa de Arapongas (a Somopar), que tinha interesse na utilização de um barracão público. “Ganhando a licitação, a empresa ia doar cerca de R$ 150 mil pra campanha, pra reeleição de 2016”, afirmou Facione ao promotor do Gepatria.

    Segundo o depoimento dado pelo ex-secretário de Finanças, Francisco Ramos, ao promotor do Gepatria, a empresa Somopar teria doado R$ 150 mil para a campanha de Francisconi e esse dinheiro precisaria ser regularizado: foram seis cheques de R$ 15 mil e seis cheques de R$ 10 mil. O pedido, segundo Ramos, teria sido feito para que os secretários regularizassem esse dinheiro, depositando em suas contas e devolvendo em espécie para o prefeito. O ex-secretário também afirmou que não lhe foi dito os motivos da doação da empresa para a campanha.

    Ramos afirmou que ele pegou dois cheques e depositou na conta da empresa dele, no Bradesco, em agosto de 2016, e transferiu para a conta pessoal dele. “E da minha conta pessoal, fiz uma doação para a campanha dele (Francisconi) de R$ 14.250,00 em três parcelas: de R$ 4 mil, de R$ 6 mil e uma de R$ 4.250,00. O restante de 750 reais eu saquei em dinheiro e repassei para o Dario (Campiolo), pois ele disse que tinha umas continhas da campanha para pagar”, revelou Ramos, que levou documentos e comprovantes de depósito ao seu depoimento no Gepatria. Um desses documentos é um recibo eleitoral assinado por Francisconi.

    A ex-secretária de Assistência Social, Rozimari Podanoschi Veronez, também foi ouvida pelo promotor Renato sobre o assunto. A ex-secretária disse que encontrou o prefeito e mais algumas pessoas no pátio da prefeitura. “Eu me lembro de alguém ter me passado um cheque, provavelmente foi o prefeito. Ele me perguntou seu eu tinha conta no banco e se eu poderia depositar um cheque para ele. Afirmei que sim, que não teria problemas”, revelou a ex-secretária. Questionada se o valor seria de R$ 15 mil, Rozemary afirmou que não, que o valor era mais de baixo, de cerca de R$ 5 mil, e que também seria da Somopar. Ainda segundo a ex-secretária, o prefeito teria dito que não poderia depositar em sua conta pois devia um empréstimo.

    A reportagem do JR conversou com Francisconi sobre os vídeos e questionou se o prefeito afastado gostaria de comentar o teor das imagens. “Não vi os vídeos, , mas não adianta falar nada sobre eles. Não tive a oportunidade de falar quando eles foram ouvidos”, afirmou. Francisconi também afirmou que agora é “fazer a defesa na fase de instrução do processo”. O prefeito afastado ressaltou que seu advogado só teve acesso aos autos do processo na sexta-feira passada, dia 16. “Ainda não vi tudo, pois o processo está sendo digitalizado”, concluiu Francisconi.

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