As imagens de um micro-ônibus da Educação superlotado com alunos e alunas do conjunto Francischini rodou as redes sociais e assustou aos rolandenses na manhã desta terça-feira (12). “Falei com o motorista, pois a ordem, desde o início, era não fazer isso. Que se desse duas ou três viagens e que os alunos chegassem atrasados, mas não poderia ter levado essa quantidade de crianças. Já voltei a falar com ele para que isso não ocorra de novo”, afirmou Rosilene Moloni, secretária de Educação de Rolândia. Pelo menos uma viagem foi feita dessa maneira, mas na hora do almoço dois ônibus vieram trazer os alunos ao bairro.
De acordo com a secretária, tudo foi organizado para que não houvesse transtornos iguais a esse enquanto a licitação do transporte escolar não é realizada. “Claro que alguns ônibus estariam acima de sua capacidade, mas nos organizamos com todos os nossos transportes e todos os nossos motoristas”, ressaltou Rosilene. O problema foi que um dos motoristas teve um AVC e dois ônibus tiveram problemas e não foram consertados a tempo. A secretária afirmou que kombis e vans também estão sendo utilizadas para transporte dos alunos. No total, eram sete micro-ônibus, mas dois estão parados. A secretária também voltou a afirmar que mais viagens fosse dadas, mesmo que as crianças chegassem atrasadas.
A informação da secretária contrasta com o que Janaína Aparecida Xavier conversou com o JR. “As viagens foram assim desde a quinta-feira passada, por isso resolvemos filmar e colocar nas redes sociais”, explicou Janaína, que tem uma filha de 7 anos que estuda na escola municipal Garrastazu Médici, no Horácio Cabral. Moradora do conjunto Ernesto Francischini, Janaína conta que na terça-feira o micro-ônibus foi superlotado (são as imagens do vídeo), mas que na hora do almoço dois ônibus levaram as crianças de volta.
Contrato emergencial
Segundo Rosilene, nesta quarta-feira (13), a empresa terceirizada já começa a operar e problemas como os de hoje não se repetirão. Um contrato emergencial foi assinado com a Vysa Transporte, autorizado pelo Tribunal de Contas (TC-PR), e terá duração de três meses, que pode ser prorrogado se a licitação não for liberada pelo próprio TC-PR. De acordo com Paulo Rogério de Lima, secretário de Compras e Licitações, esse contrato emergencial traz os seguintes números: a prefeitura contratou 1436 quilômetros por dia a R$ 9,15 por quilômetro – são 16 rotas de ônibus. “Por dia, o custo é de R$ 13.139,40 por dia, o que totaliza mensalmente R$ 262.788,00 por mês”, ressaltou. Para se ter uma ideia, no ano passado, o contrato trazia 2.069 quilômetros por dia a R$ 9,27 por quilômetro – o total era de R$ 19.179,00 por dia e R$ 383.592.60 por mês.
