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Três mulheres são presas em Rolândia por operação estadual

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    A operação estadual “Boi na Linha” prendeu três mulheres em Rolândia na manhã de quinta (14). Elas são acusadas de serem cúmplices de um golpe ao emprestarem a conta bancária para que as vítimas de furtos de veículos depositassem um valor solicitado pelos bandidos para terem o bem devolvido – devolução que quase sempre não acontecia. A exigência de dinheiro, que constata a extorsão, era feita por meio de ligações de bandidos dentro de penitenciárias, inclusive do interior de São Paulo. “Essa participação vai imputar elas da mesma conduta criminosa que os próprios indivíduos que efetuaram a ligação”, afirmou o delegado Bruno Rocha, da 29ª Delegacia de Polícia Civil de Rolândia.


    Dezenas de denúncias desses casos em Rolândia já estavam sendo investigadas de forma paralela na delegacia da cidade. “Só ano passado instauramos 60 inquéritos em Rolândia. Inicialmente, seria só um golpe porque as pessoas não têm acesso ao veículo, só ficam sabendo da subtração e conseguem o contato da vítima para aplicar esse golpe”, explicou o delegado. Mesmo com o depósito, o veículo nunca era devolvido.

    Na maioria das vezes, os bandidos nem sequer estavam com os veículos e somente usavam fotos publicadas em redes sociais. Em outros casos, os presos tinham ligações com os assaltantes, o que possibilitava o envio de fotos para ameaçar as vítimas da extorsão. “Eles perceberam que as pessoas que solicitavam o valor não tinham simplesmente ficado sabendo da subtração, elas tinham certa ligação com os assaltantes e estariam ganhando duas vezes, em subtrair o veículo e depois solicitando o dinheiro da vítima”, relatou o delegado. A investigação então prosseguiu sob o comando da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba.

   Foram cumpridos no estado seis mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária – caso das três mulheres em Rolândia, que já foram encaminhadas para Curitiba para serem interrogadas juntamente com outra de Londrina: elas se juntam a uma outra mulher presa na capital. Há casos também de envolvimento de homens e de pessoas que afirmam não saber da utilização criminosa da conta, o que ainda será averiguado no decorrer do processo. A investigação levou quatro meses até o cumprimento desses mandados de prisão e envolveu 40 policiais, segundo informações da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba – que continua em Rolândia e região para novas diligências – e do efetivo de Londrina e Rolândia da P2.

Orientação sobre o golpe

    A expectativa de se ter o carro recuperado o quanto antes e o fato de ver que os criminosos têm a foto do veículo fazem com que as vítimas acabem realizando o depósito antes de procurar a polícia. Mas a orientação do delegado, caso a pessoa tenha seu carro furtado e receba esse tipo de ligação solicitando o depósito de um valor, é para não depositar ao criminoso. “Nunca vi acontecer de a pessoa depositar o dinheiro e ter esse veículo devolvido. A primeira coisa é não efetuar de imediato essa transferência e procurar a polícia com o maior número de dados possível: número que efetuou a ligação, placa do veículo, boletim de ocorrência e a conta sugerida para depósito para checarmos o titular da conta, senão a pessoa perde o carro e ainda perde o dinheiro”, alertou Bruno Rocha.

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