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“Deus já me deu tudo de uma vez só”

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   “Eu e o Fábio, meu marido, decidimos ter filhos e resolvemos procurar um médico para ter mais certeza que poderia dar certo. Tomei a medicação por injeção para estimular a ovulação e, ao invés de realizarmos a fertilização in vitro (processo que se retira o material genético feminino e masculino para implantação no útero), nós optamos pela inseminação do material masculino, processo mais espontâneo, com acompanhamento da ovulação. O médico disse que a chance de engravidar seria de 30%.

   Esperei o tempo que ele pediu, fiz os exames de sangue, e após o procedimento, o resultado do Beta HCG foi bem alto. Liguei para o médico, ele marcou uma consulta e já me disse que seria mais de um bebê. No primeiro ultrassom, antes de completar um mês, ele me disse que estava vendo quatro sacos gestacionais. Quando perguntei, ele disse que um deles poderia não vingar, mas três bebês estavam evoluindo muito bem.

   Ele me falou de todos os riscos da gestação múltipla, e, como era minha primeira gravidez, informou que eu poderia chegar a 31 ou 32 semanas de gestação. Com seis semanas, ele me confirmou que eram quatro bebês. Ficamos apreensivos e felizes ao mesmo tempo, afinal eram quatro bebês, ficamos pensando como seria a rotina, se daria tudo certo. E eles nasceram com 31 semanas.

   Depois que passou aquele medo e nos adaptamos com a ideia de ter quatro filhos, só fiquei vendo coisas positivas, me cuidei e cheguei a 31 semanas. Com 28, o médico realizou a internação em Londrina, para dar mais cuidados, e passei três semanas em observação no Hospital Evangélico. No parto, foram mais de 15 pessoas trabalhando.

    A primeira a nascer foi a Sofia, depois a Rafaela, a Letícia e o André. Em 5 minutos nasceram os 4 bebês. Foi a bolsa da Rafaela que estourou no dia do parto. A Sofia nasceu com 990g, a Rafaela com 1,190 kg, a Leticia com 1,310 kg e o André com 1,340 kg. Fiquei mais uma semana depois do parto no hospital e como previsto, eles ficaram em torno de uns 40 dias internados. Eles foram saindo um de cada vez, na ordem inversa do nascimento, mas a diferença na saída foi de poucos dias, só a Sofia que ficou 45 dias.

   Eu nunca tinha sido mãe e já de primeira vêm quatro bebês… Isso é viver uma adrenalina, uma emoção o tempo todo. No começo tinha profissionais que trabalhavam com eles, mas agora não tenho mais. O pai e a família ajudam bastante. Eles não saem muito separados, mas só às vezes dividimos de dois em dois para dormir, por exemplo, na casa das avós ou dos tios.

   O coração de mãe é grande para todos e o amor se multiplica. Às vezes, quando um não está muito bem, tem necessidade de dar mais atenção e isso já dá ciúmes nos outros. Eles têm briguinhas normais de irmãos, mas é bem tranquilo. Eles não são muito agitados e nem brigam muito.

    Valeu a pena ter ficado todo aquele tempo me dedicando à gestação e a eles. Quando soube que eram os quatro, eu queria os quatro, não conseguia imaginar se eu não tivesse todos. Já estou satisfeita de ser mãe de quadrigêmeos, Deus já me deu tudo de uma vez só. É bem gratificante ser mãe deles”.

Alessandra Fontanela Francisco tem 39 anos

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