Foi-se o tempo em que o homem era maioria absoluta no trânsito. O crescimento de mulheres motoristas, no Brasil e no mundo, é algo vertiginoso e com potencial para transformar o trânsito num ambiente menos hostil. Seja para trabalho ou lazer, ou até mesmo profissionalmente, cada vez mais mulheres estão guiando carros, táxis, ônibus e caminhões.
Alguns números comprovam a tese de que o trânsito é mais seguro com mulher no volante: em um comparativo com homens, mulheres falam menos ao celular dirigindo e se for necessário o fazem apenas no viva voz. Elas também dirigem mais que os homens com vidro fechado, bem como têm o hábito de pararem mais em estacionamentos em busca de segurança. No Rio Grande do Sul, por exemplo, mulheres respondem por 33% dos motoristas do Estado, no entanto são responsáveis por apenas 22% das multas, contra 78% de homens multados.
De forma geral, no Brasil e no exterior, mulher no volante comete infração de menor gravidade. Na Inglaterra, dados do Departamento Britânico de Transportes de 2012 relatam 114.190 acidentes envolvendo homens, contra 70.470 envolvendo mulheres. Também por lá, motoristas homens são penalizados quatro vezes mais por infrações graves que as mulheres. No Paraná, homens representaram 74% do total de motoristas com carteira suspensa em 2014 por atingir 20 pontos, contra 26% de mulheres.
Como infrações mais frequentes das mulheres estão dirigir falando ao celular e estacionar em local proibido. Não há dúvida que o sexo feminino é mais cuidadoso no trânsito e que dirige de forma mais preventiva, evitando excesso de velocidade e manobras arriscadas. A simples presença da mulher no volante pode estimular os homens a dirigirem de forma menos agressiva e mais prudente, tornando o trânsito um ambiente mais agradável e de melhor convivência.
