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Doadoras de leite humano são homenageadas na Unilac

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Homenagem da Unidade de Lactação de Cambé às 14 doadoras de leite materno foi realizada exatamente no Dia Mundial da Amamentação

O prefeito Conrado Scheller (em pé) esteve presente na homenagem

Secom – PMC
Quem se doa para o outro merece o reconhecimento. Tem gente que doa tempo, alimento, dinheiro ou até mesmo uma parte de si. Doar é um gesto de amor, que não falta para as 14 mães doadoras de leite materno que são acompanhadas pela Unidade de Lactação de Cambé (Unilac). As doadoras da cidade foram homenageadas na segunda-feira (1º), Dia Mundial da Amamentação e que dá início ao ‘Agosto Dourado’, mês de promoção e incentivo à amamentação e à doação de leite materno.


Camilla Ravagnani Bueno, coordenadora da Unidade de Lactação de Cambé, celebra a participação das mães doadoras de leite no evento. “Nós temos muito o que agradecê-las por tudo o que fazem por nossa cidade, já que a amamentação não é um período fácil para as mulheres e isso não faz com que elas deixem de amamentar e de doar o leite excedente”, explica. Quatorze mães doadoras de leite receberam um certificado em homenagem e em reconhecimento ao belo serviço que prestam ao município, sendo elas: Júlia Angélica Nery, Helloiza Cesário de Oliveira, Camila Alvares Sofiati, Joeli Batista Da Silva De Castro Camargo, Larissa Segura Perez Felizardo, Luana Daniele De Carvalho, Maria Eduarda De Carvalho, Mariane Valério De Paula, Lilian Carolina Colombo Capra Garbe, Vanessa Viana Souza Bueno, Jaine Loraine Zandoná Mattos, Maria Antonia Romão da Silva, Amanda Dos Santos e Joyce Fernanda De Souza. Além da certificação, as mulheres também participaram de uma sessão fotográfica para incentivar a amamentação e a doação de leite.


Lilian Capra tem 36 anos e é uma das doadoras de leite da cidade. Após passar por momentos tensos em sua primeira gestação, ela conseguiu se recuperar e realizar o sonho de amamentar. “Passar por uma cirurgia logo depois de dar à luz na primeira gravidez me deixou com muito medo para a segunda, então foi um desafio”, relembra. Capra detalha que o apoio da Unilac foi fundamental nesse período, já que elas fizeram visitas frequentes em sua casa para ver como ela e o bebê estavam. “Conforme eu fui me acalmando, eu decidi doar o leite que tinha em excesso porque eu sabia que isso ia ajudar os bebês prematuros e as mamães que não podem amamentar. Depois de muita luta, eu posso dizer que esse é o meu melhor momento”.


Larissa Segura Felizardo, 31 anos, é mãe de uma menina de pouco mais de dois anos e de um bebê de 44 dias. Mesmo doando leite há poucas semanas, ela já se sente muito grata por ter essa oportunidade. “Eu tive toxoplasmose na minha primeira gestação, então não consegui amamentar e isso me deixou com um vazio, como se algo estivesse faltando. Nessa gestação, quando eu consegui amamentar pela primeira vez, foi muito bonito. E eu prometi que se conseguisse amamentar, iria doar o leite que pudesse, então agora eu posso amamentar e doar toda a semana”, comemora.


Camila Alvares Sofiati, de 30 anos, é mãe de uma criança de dois meses. “O leite materno é o principal alimento da criança nesse início de vida e a amamentação traz essa conexão entre a mãe e o bebê, como se um vínculo se formasse nesse período”, explica. Segundo ela, ter a chance de fazer a doação é muito gratificante, já que isso pode salvar vidas. “Passar isso para a minha bebê é muito bacana. Criar desde pequena a ideia de ajudar o outro, de se preocupar com o outro, já que ela vai ver as fotos e vai saber que desde novinha já estava fazendo o bem para alguém que ela nem conhece”, finaliza.


A coordenadora da Unilac, Camilla Bueno, destaca que Cambé está entre as cidades que mais arrecadam leite materno dentre os 20 municípios que compõem a 17ª Regional de Saúde. Bueno ressalta que a cidade consegue receber em média 18 litros de leite materno por mês, cerca de 12% do necessário para a região, que é de 220 litros. “Hoje nós temos 14 mães que fazem essa doação, mas antes da pandemia nós tínhamos mais de 20. Acredito que as restrições, o isolamento e o medo fizeram com que esse número caísse”, ressalta.


Toda a mãe que tem leite excedente, mesmo que em uma quantia bem pequena, já pode fazer a doação. “A família deve entrar em contato conosco para agendar uma visita. Nós vamos até a casa dela passar todas as orientações e ensinar como fazer a ordenha e a higienização”, explica. A coleta também é feita pela Unilac, que pode ser semanalmente ou a cada 15 dias. “Com 15 ml por dia, a mulher já pode fazer a doação. Pode parecer pouco, mas um pote de 500 ml de leite pode alimentar até 10 bebês prematuros”, esclarece.


Depois da coleta e antes de chegar às UTI neonatais, o leite é encaminhado ao banco de leite humano do Hospital Universitário para ser avaliado e pasteurizado, sendo destinado depois para outros hospitais da região.


“Muita gente fala que amamentar é uma ato de amor, mas é um ato de escolha também, uma escolha feita diariamente. Amamentar não é fácil, por isso o apoio é o melhor que nós podemos oferecer”, finaliza Camilla Bueno.


Para as mães interessadas em receber o acompanhamento da Unilac ou para ser uma doadora de leite materno, o agendamento deve ser realizado pelo telefone 3174-0235, pelo WhatsApp de número 99187-6285 ou ainda pelo Instagram da Unilac, disponível em: https://www.instagram.com/unilac_cambe/. A Clínica da Mulher, onde também funciona a Unilac, fica localizada na Rua José Gomes Redondo, número 35 – Jardim Ana Rosa.

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